domingo, 13 de abril de 2008

Os quatro pilares da educação

No final do século passado, pesquisadores de diversas partes do mundo se reuniram a fim de traçar um eixo condutor para a educação do século 21. Após muitas pesquisas e debates, concluíram o trabalho sintetizando-o num famoso relatório, intitulado Os quatro pilares da educação. Com esse estudo aqueles especialistas concluíram que para agir eficazmente o aluno do século 21 deve exibir certas competências imprescindíveis ao desenvolvimento do ser humano: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender conviver; e aprender a ser.
Aprender a conhecer
O aluno aprende a conhecer quando adquire as competências necessárias à compreensão. Aprender a conhecer é mesmo que aprender a aprender: o aluno não apenas recebe passivamente o conhecimento do professor, mas, com o auxílio deste, adquire o domínio dos instrumentos de recepção do conhecimento. Isto é, o aluno constrói o seu conhecimento enquanto o professor libera a capacidade de auto-aprendizagem do aluno. Isto confirma o que o teólogo e educador Kierkegaard. Segundo ele, o educando, com a ajuda do educador, “adquire a consciência real do que ele sabe, do que ele não sabe e do que ele pode ou não pode saber”.
Nesse contexto, a aprendizagem acontece por meio da conduta ativa do aluno, que aprende quando faz alguma coisa e não simplesmente por ver o professor fazendo.
Aprender a conhecer é uma expressão de ordem que dá um basta à aprendizagem de saberes de pouca ou nenhuma utilidade. O aluno somente aprende quando o conteúdo de ensino faz parte de seu foco de interesse, necessidade e expectativas. Em vez da simples transmissão de conteúdos, o que passa a imperar são as habilidades paras se construir conhecimentos. Valoriza-se o exercício do pensamento e a seleção das informações que possam ser, efetivamente, contextualizadas com a realidade. O educador César Romão ensina: “mais vale o que se aprende do que aquilo que se ensina”.
Aprender a fazer
Embora quem aprende a conhecer já esteja aprendendo a fazer, esta segunda competência enfatiza a questão do preparo para as coisas práticas da vida. A educação em termos gerais, é um “processo de vida” e não uma “preparação par o futuro”. Os alunos desejam que seus problemas sejam solucionados aqui, e agora. Por isso, precisam ser estimulados à criatividade a fim de descobrirem o valor construtivo do trabalho realizado em sala de aula.
Aprender a conviver
Faz parte de a educação aprender a lidar com as pessoas diferentes, tratar de assuntos relevantes, tolerar e perdoar os outros, não usar a força para resolver conflitos, demonstrar gentilezas e sinceridade no tratamento com os colegas, professores, irmão, pais e com a comunidade em geral. É justamente na escola que os alunos aprendem as regras básicas de convivência em sociedade. O que o professor precisa fazer é abrir espaço a fim de que eles aprendam a conviver, se conheçam e se respeitem.
Há alunos que possuem sérias carências sociais e afetivas, dificuldade de relacionamento e uma dificuldade enorme de cultivar amizades sinceras. Os mestres precisam propiciar-lhes, urgentemente, um clima de amor e amizade por meio de atividades criativas que estimulem os mesmos a participar e cooperar ativamente em todo o processo.
Aprender a ser
Os psicólogos aceitam de maneira geral que todo ser humano deve ser preparado inteiramente – inteligência, corpo, sensibilidade, alma, espírito e ética. E resumem tudo isso em três camadas ou estruturas: cognitiva, afetiva e social.
Os jovens precisam aprender a elaborar pensamentos autônomos1, críticos e formular os próprios juízos de valores, para decidirem por si mesmos como agir em diferentes circunstâncias da vida.
Texto extraído da Revista O Ensinador Cristão – nº 27 – Jul-Ago-Set-2006, de autoria do Pedagogo e Professor Marcos Tuler.
Postado por: Samuel C Costa (Prof Multiplicador NTE/Benevides)

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